quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA RIQUEZA

Não liguem se um dia eu não ligar de hora em hora
Se não declarar bens aos meus bens, como outrora
Se uma demora fizer crer que fui embora
Porque não fui, jamais irei, meu senhor e minha senhora

Não estranhem se um dia faltar dia pra tanto Amor
Pois, seja onde e como for, não vou me opor
A ser um reinventor de esperanças
Um confessor de lembranças
Um confeccionador de bonanças
Um colecionador de abastanças
Sempre hei de me recompor

Não se desesperem se um dia, por aí afora
A todo e qualquer ir e vir d´aurora
Eu sofrer alguma mudança
E o tempo não for mais
O fiel da minha balança
Mas sim sua ação de penhora
E eu não souber onde a confiança
Mora sem mora, vive sem tardança
Pois tudo que vai, volta
Amanhã, tardiamente, ou agora

Não se admire se um dia, em plena saudade
Eu der sinais da idade, do que me angustia
Do medo da verdade, da força da teimosia
Do poder da vaidade, da fúria da ventania
Da dor da incapacidade, da farsa da profecia
Da pura ansiedade em forma de valentia
Da cruel piedade com cara de simpatia
Da iminente maldade, da necessidade de harmonia
Amontoado de Infelicidade, maldade doentia

Pois, afinal, enfim, existe o Bem
Então, assim, nada pode acabar mal
Porque nosso Amor, Querubim
É verbal, é visual; tá no jardim, no botequim, no colo maternal
É carnal, é angelical; fala latim, cheira a jasmim matinal
É Jovial, é sociocultural; feito de cetim, temperado com alecrim e sal
É gutural, é fenomenal; de longo estopim, com balas de festim original
É imortal, é cardial; tem cara de curumim, e cor de carmim-coral

Nosso Amor é um bem especial
É atemporal, é vital pra mim
Um abraço, um beijo, etc e tal
Sinto sua falta também
Ainda bem que nos veremos
Outra vez no carnaval!

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