quarta-feira, 29 de junho de 2011

"O B.T de DudaMary"
(Diário de uma "depéoperada", parte V - momento maternal)
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Fui chamada de “caso perdido” pela minha irmã. Uma amiga culpou a minha “ociosidade” como razão das “idéias estranhas”. Meu pai se preocupou seriamente com a minha sanidade mental. Minha mãe chamou o netinho de “E.T” (embrulhado no lençol sobre a cesta da bicicleta, no voo de volta pra casa), e a mim de “retardada”. E houve ainda quem chamasse o meu pequeno de “cão”, daqueles típico de filmes de possessão e exorcismo. Em minha defesa, sou apenas uma pessoa criativa, divertida e inteligente rodeada de insensíveis. Meu nome é Maria. Não é à toa que sou Cheia de Graça. Nasci pra fazer graça. Tanto que quando morrer vou ser animadora de centro espírita!!! ... Enfim, o recém-batizado “B.T de Duda Mary” é lindo!!! A irmã mais velha, Kitnet, nem sentiu ciúmes nem nada. Está amando a chegada do pequeno (literalmente: tamanho 34). Afinal, é o irmãozinho que está mantendo a mamãe pertinho por mais tempo, e ainda, garantindo a presença da vovó. Aos 15 dias de vida, PÉ passou um sufoco, e ficou todo dengoso. Mamãe resolveu compensá-lo, tadinho. Cheio de mimos, posou para uma sessão especial de fotos que aproveito pra divulgar.
Beijos.
D:>
PS – por conta dele, a mamãe passeou de possante-de-supermercado mais uma vez. Agora na LEROY MERLIN. Ai, como é divertido tudo isso...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

"Se me duele mucho"
(Diário de uma "depéoperada", parte IV - o suplício e o arrependimento)
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24/Jun. Revisão da cirurgia. Completei 15 dias de operada e fui tirar os pontos e o curativo... Não desejo a ninguém o que passei... O médico pegou o meu dedão (perfurado e parafusado), apertou e o rodou/mexeu em todas as posições possíveis por uns eternos segundos... Fui à Marte e voltei. E lá conheci o WALL-E... Eu não conseguia respirar. As lágrimas escorriam. Eu fiquei cheia de manchinhas roxas de tanto agarrar minha panturilha. Minha mãe o pediu pra "maneirar", "dar um tempinho pra eu relaxar", mas ele ignorou solenemente, afinal, a dor não era com ele, né? Como ele podia advinhar que eu estava sofrendo tanto??? Seguiu dizendo que o resultado foi excelente, que ele nao havia mexido na parte mole, só no osso mesmo (justamente o mais doloroso), e falou que a fisioterapia ia ser penosa no começo. Duvido que seja mais que o que ele me fez passar, pois, se for, faço um dia e não volto nunca mais. Não sei como eu não peguei o PINTO dele e dei um nó de marinheiro... Pensando que já tinha passado pelo calvário completo, ainda tinha um problema: tirar os pontos. Esse ponto era um fio de nylon comprido, inteiro, passando pelo corte todo internamente. Para tirá-lo, cortava-se as duas pontas e por uma delas se puxava até que ele saísse inteiro. É normal o fio aderir um pouco à pele e ao músculo. No meu caso, aderiu demais. E como não é um ponto que o organismo absorva, fui obrigada a sentir, vagarosamente, o troço queimando/rasgando minha pele até sair todo. Não preciso dizer que até agora, mais de 24h depois, o dedão está me obrigando a tomar uma overdose de remédio (dipirona, que, não sei como, até faz efeito). E estou 99% tendenciosa a NÃO operar o pé esquedo nem fu...
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Depois da sessão-tortura, fui almoçar na casa novinha em folha da Camila, minha prima; com minha mãe e minha tia. Foi uma comidinha deliciosa, caseira, e onde ela mora, apesar das obras ao redor, é de uma calma e uma paisagem impressionantes. Eu não podia subir as escadas, então, fiquei por alguns minutos "bandonada" na sala enquanto as 3 curtiam o piso dos aposentos.
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Horas antes, eu fui me aventurar pela 1a vez na rua em dia que não fosse de ir ao médico. Fui ao SAM´S CLUB e ao WALLMART com minha mãe e tia. Pela minha impossibilidade de circular pelo ambiente, pilotei um daqueles possantes carrinhos motorizados. A estonteantes 5km/h, fiz uma festa. Dançava quadrilha (sentada, obviamente), mandava tchauzinho pras câmeras, beijinhos pra clientes, brincava com crianças, e minha tia me fotografava e filmava enquanto cantava a música do concurso de MISS ("missigura" que tô tendo um troço). Claro que os funcionários de ambos os mercados pensavam que eu era foragida do hospício. Eu tava megafeliz! Me diverti horrores.
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CANDOCALMOÇO, 2a edição!
Minhas amadas candocas - menos a desertora da Vevê, que deixa saudades - trouxeram um banquete pra cá. Um baita almoço que terminou em cochilos, fofocas, risos, enfim, uma tarde longa (bem, pra mim foi até curta, kkk) e bastante agradável, como sempre são as nossas reuniões. Foi uma terapia pra mim. Nunca tive, de uma só vez, tantas psicólogas... Isso só significa o quanto sou abençoada
, que Deus manda sempre mais ajuda. Bônus. Eu sou mesmo uma pessoa de sorte.
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Andar de muletas cança, dói o corpo todo, faz suar. É uma malhação. Até emagrece. Mas como sou espertinha e aprendo rápido, já tô craque na arte da perna-de-pau (ou melhor, de metal). Em uma corrida de 100m, dou 200m de frente pra qualquer um, kkk. Eu e o Piquet estamos em pé de igualdade - literalmente.
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Acabo de receber uma visita querida. Mirian, minha colega de faculdade e de SESC. O papo foi ótimo. O cheiro de chocolate que minha mãe faz é ainda melhor... Enfim, receber carinho é sempre o melhor presente do mundo.
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Bjs a todos,
D

sábado, 18 de junho de 2011

BLÉ - o Blog do PÉ
(diário de uma "depéoperada, parte III)
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Este pé foi torturado pela segunda vez, na troca do curativo. Suou e sangrou ao ser esfregado, lavado, depois radiografado, reembrulhado, e ficou tempo demais pendurado de papo pro ar; daí reinchou, ruborizou, e se vingou de mim, como se eu tivesse alguma culpa. À noite, latejava loucamente. Mas ele comeu crepe, viu a luz do dia (e a sua cozinha), foi elogiado e paparicado ao extremo por seu médico/papai, e achou por deveras estranho sair sem sapato... Em pé de desigualdade com seu irmão gêmeo, ele teve crises de identidade, o que aumentou sua revolta (pra cima de mim). Conversamos muito e ele se acalmou. Como recompensa, vimos filmes deliciosos. Este pé já é praticamente um "ciPÉfilo" de mão cheia ("mão"???). Vimos juntos, e altamente recomendamos LIXO EXTRAORDINÁRIO, documentário sobre a obra do artista plástico brasileiro radicado nos Estados Unidos, Vik Muniz, no aterro de Jardim Gramacho, Rio. Quando baixei o filme cheguei a fazer a piada "ou este filme é um lixo, ou extraordinário". É extraordinário!!! Vik Muniz mostrou que não é apenas um artista talentoso, mas um ser humano especial que foi capaz de perceber que GENTE é de longe a maior obra de arte já produzida e vista. Concorreu ao Oscar, não levou, mas como esse prêmio é peixada comercial, a ausência da estatueta dourada não invalida seu brilhantismo. Vimos também a animação CORALINE E O MUNDO SECRETO... Cidadão mergulhou numa piscina de LSD, e deu nisso. Chato, sem-noção, angustiante, enfim, não vale a pena. O CHEIRO DO RALO, nacional com Selton Melo, também muito nos decepcionou. A temática do filme é até muito clara, mas, ao contrário do que aconteceu no filme "Quero ser John Malkovich", a narração é sacal e nada atrativa. Sinto que sentir o cheiro do ralo por 24h seja melhor que 1min desse filme. Atuações ótimas, mas, apesar de ser primariamente atriz e não escritora, sei que nem Fernanda Montenegro salva um mau texto. ETRE ET AVOIR, documentário francês que acompanhou um ano letivo de uma pequena escola comandada por um professor prestes a se aposentar. A sala é compartilhada - bem como o professor - por alunos em alfabetização e alguns maiores. Chorei um Rio Amazonas, pois me remeteu ao meu passado recente. Amei, e, apesar de ser um pouco parado, tem cenas lindas que, por serem verdadeiras, se tornam ainda mais lindas. Jojo é o menino mais fofo do grupo. Apaixonante.
É isso. Essa semana, PÉ vai alimentar seu desejo de ir pro "Spé- o Spa do pé". Terei de desapontá-lo. Triste isso, mas... Vamos em frente.
Bjs,
D:

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Diário de uma "depéoperada", parte II - dengos e mimos
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Porque nunca fico doente, sou mal acostumada, impaciente pra repouso, intolerante pra limitações e efeitos colaterais. Depois da crise de dor forte, a leve ainda permanece quando tenho de levantar para ir ao banheiro. Os remédio atacaram meu estômago, fico ao mesmo tempo agoinada pra sair de casa (não veja a cara da minha cozinha desde sábado) e a fim de dormir o dia todo, e acordar só pra comer as gostosuras de mamãe-gourmet. Como podem ver, depois de uma semana, o pé tá tão inchado que parece um pudim de pinga. Eu, que não bebo álcool, de repente faço jus ao título de "pé-inchado". Que ironia. Vou escrever um romance "Meu Pé de Cachaça-Lima". Mas, quem tem amigos tem o mundo. Minhas Candocas lindas realizaram meu sonho. Sempre amei festa junina e sabia que esse ano não iria a nenhuma por conta da cirurgia, então, fizemos uma festa junina aqui em casa, particular, excelente. Teve de tudo: canjica, pamonha, curau, bolo, sanduiche, e até um bom café com leite. Foi de longe a melhor festa junina que já "fui" (risos). Recebi mais visitas e presentes lindos. Débora e Marina com sorvete de cocada; Suzana e Marília com rosas lindas; e Ana Luisa com sua bonequinha, Maria Clara; além da vovó Gláucia. No mais, me encontro sem novidades, afinal, como já relatei, nem minha cozinha eu ando vendo. Tô trabalhando com traduções, vendo filmes (próximo post recomendarei e não recomendarei alguns), surfando na internet, e só. Planejo montar quebra-cabeça e jogar buraco com mamãe. Da próxima semana não passa. Saudades de muitos.
Bjs
D:

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Diário de uma "depéoperada", parte I
Boas-vindas ao pé novo

Fonte: KANIA - Kalvarium News International Agency


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A mega-pop-star, Duda Novaes, deu um baita susto nos trilhares de fãs nos 4 cantos do mundo ao anunciar, dia 9/6, que em menos de 24h estaria na mesa de cirurgia para corrigir um problema congênito no pé (joanete). Ao ser internada nos primeiros minutos da tarde da última sexta-feira, 16, no Hospital HOME, em Brasília, quase 100 paparazzi disputavam meio metro quadrado de calçada em frente à moderna clínica ortopédica na esperança de fotografar a Diva do teatro, cinema, literatura e música pop. Em vão. A empresária, assessora de imprensa e fotógrafa oficial, Vig Novaes, divulgou agora a pouco uma nota de agradecimento aos inúmeros e-mails e telegrama de apoio vindos de celebridades e autoridades de todas as partes do mundo, como o ex-presidente Lula, a presidente Dilma, a chanceler alemã Ângela Merkel, além de Gisele Büntchen, Elton John e a grande musa do Fantástico, Patrícia Poeta, que enviou presentes à amiga de infância para ajudá-la a se distrair durante a longa recuperação. Foram divulgados ainda o boletim médico, as poucas imagens da estrela no hospital recebendo visitas, além da uma declaração ao fãs e amigos falando sobre as primeiras horas de recuperação.
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BOLETIM MÉDICO:
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"Às 17h do dia 10 de junho de 2011, Maria Eduarda Novaes deu entrada no Hospital Ortopédico e Medicina Especializada - HOME - em Brasília/DF, para uma intervenção cirúrgica no pé direito a ser realizada pelo Dr Márcio Auad Paes Leme. A paciente estava consciente, orientada, medicada para controle da dor, e bastante tranquila. O procedimento durou 50 minutos e transcorreu sem qualquer complicação, apesar do quadro de plaquetopenia, que causa um sangramento um pouco mais longo, mas sem graves consequências. Às 20h, a paciente já estava no quarto apresentando apenas leve náusea, que fora controlada com medicação. Passou bem a noite e teve alta médica na manhã seguinte."
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DECLARAÇÃO DA ESTRELA:
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"Meu amigos, meus amores. Agradeço de coração o apoio e carinho de todos os que passam por aqui, e, por saber que são pessoas amorosas, finas e educadas, de antemão já peço desculpas pelo palavreado chulo que vou usar, mas, PUTA-KIU-PARIU!!! Osso fraturado e remendado com pino é PHoda de aguentar só com iboprufeno e dipirona. As primeiras horas no hospital foram tranquilas, mas as 48 horas seguintes em casa foram um calvário. Costumo reagir 100% aos remédios, o que implica dizer que os efeitos colaterais também me acompanham. Antibiótico e antiinflamatório prejudicam meu estômago. Mas pelo menos o aumento da dose do analgésico já me fez acordar no terceiro dia sem qualquer dor - no pé! O problema agora mora no estômago - e o antiemético me dá um soninho bom. Me arrependi de ter me operado, preferia a dor antiga, e chego a duvidar se vou mesmo fazer a cirurgia do outro pé no fim do ano. Mas devo confessar que o pior já passou. E como tudo tem uma parte boa, digo que ter minha mãe aqui e receber visitas deliciosas dos meus amores, e presentes especiais, compensa de verdade. Vou passar um mês em casa, portanto, preciso de companhia, mimos, pois do jeito que sou agitada vai ser difícil me acostumar. Beijos mil e mais uma vez, obrigada por tudo. Mando notícias."
D:>

quinta-feira, 9 de junho de 2011

MAGISTÉRIO - "QUASE" PÉ NOVO - MÃE - POEMA - INFÂNCIA GOSTOSA
(Diário de uma independente, parte XVIII - revelações, invenções e renovações)



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UM ORGULHO, UMA SAUDADE QUE DÓI
Eu escolhi ser atriz. O magistério quem me escolheu. Achei que não daria conta. Depois achei que podia, mas não queria. E quando resolvi querer... Jamais imaginei que amaria tanto e sentiria tanta falta dos meus “elementos”, “pivetes”, e “abençoados”... Na primeira semana de ausência, procurei sair de casa ao máximo nos horários em que estaria na escola. Isso para não sentir o baque. Agilizei minha cirurgia, cuidei da minha casa até detonar com a minha coluna, estudei e papeei com minhas Candocas lindas, e resolvi fazer algo que só depois eu perceberia o porquê: ver "trocentos" filmes, todos com a mesma temática - um mestre que entra na vida de seus alunos e as modifica por completo, e que também tem sua vida modificada por eles. Revi alguns velhos conhecidos, um deles o já alardeado “melhor filme do mundo”, o francês
Les Choristes (A voz do coração), e o chinês Nenhum a Menos. Minha irmã me indicou um indiano, chamado Toda Criança é Especial; e estes formam agora o Top3 dos filmes da minha existência. Curiosamente, acabei até descobrindo sem querer um romance lésbico no meio deles. Sinopse mal escrita. Filme bom, sensível, que valeu a pena... Chorei baldes, chorei rios, só sei que chorei... Aí vai a lista dos mais fortes para quem quiser massagear a própria sensibilidade e se tornar um alguém ainda melhor.

Nenhum a Menos (China)
A voz do coração (França)
Toda Criança é Especial (Índia)
Além do quadro negro
Amando Anabelle
Palavras de Amor
187, o código
Uma Educação
Mentes Perigosas
Ao Mestre com Carinho
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MINÚSCULA NO PEDAÇO
Minúscula chegou pra minha cirurgia que acontece amanhã, graças a Deus. Veio trazendo presentes: um tapetinho azul pro banheirinho azul (homenagem ao pé novo que vai nascer), e a Xícara de Chá feita-a-mão. A mão direita foi acidentada contra uma porta de vidro pesada, estava sofrida, mas nem isso a impediu de produzir sua arte. Além disso, graças a ela, que é um excelente imã, muitas visitas ilustres estão retornando, como Camila e Tia Eleine; outras estão reaparecendo na vida, como tia Keka, linda; e outras estão finalmente chegando, como a princesa Letícia Isabel (detalhes mais abaixo) e seus pais, fiéis escudeiros. Minha mãe é uma baita companheira, cozinheira, e tudo o mais. E meu pai também é perfeito. Tenho toda a sorte do mundo...
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TUBARÕES DE COPACABANA
Estou trabalhando na tradução de mais um roteiro de sucesso internacional de autoria de minha amiga, Rosário Boyer. O roteiro me inspirou a criar um poema sobre a relação do homem com o mar, com a natureza, e ainda aproveitei os nomes de alguns personagens; e no meio desse processo fui apresentada à foto de minhas primas, unidas no mar de Cabo Frio. O universo quando conspira, amigos, é algo impressionante. É como um FILME... Abraços a todos os envolvidos nessa produção e obrigada, Rosário, pela chance de participar ainda que indiretamente deste projeto. Sou sua fã e você sabe bem o porquê...

ÚTERO: MAR-TERNO


No princípio, girino

Cresce Sapo em seu brejo:
Menino!

Enrolado feito Bola
Laçado no próprio Barbante
É da natureza do Homem
Sair de sua bolsa d´água

Em busca da parte errante...

A mãe é o útero do Corpo
O Mar é o útero da Alma

As ondas, contrações
Que a lançam no ar

É da natureza do Homem
Querer suas partes juntar...


Prancha rasgando a crista

Mergulho no berço salgado
Corpo e Alma agora juntos

Dançam no céu espelhado
É da natureza do Homem

A natureza toda, cada pedaço...


Completo, busca alimento
Combustível sempre inflamado

O inimigo jaz eterno
No terno Rei, afogado
É da natureza do Homem

Caçar e também ser caçado...


Gera-se na gota
De um ventre restrito
Regenera-se no infinito

Onde gota soma, gota some
Tudo vê, tudo crê, ama

Tudo consome


E o que é do Homem
Tubarões não comem...

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"TIZABEL" NA ÁREA
Depois de 4 meses, enfim, a visita de Letícia Isabel e seus pais, Giovanna e Dorival, aconteceu. Já não via a hora. A pequena, como eu previa, curtiu um bocado a minha casinha de bonecas, afinal, é bem no clima mesmo. Adorou o pezão azul do banheiro, e, entre outras coisas, a cama inflável (empréstimo, aliás, do Papai Dorival). Para ela, mais parecia um pula-pula. Eram risos e mais risos. Com uma delícia dessas em casa, o pão de queijo e o suco de morango perdem totalmente o gosto. A infância é, de longe, o melhor sabor que há...
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É isso. Deixem-me dormir que amanhã tenho um dia decisivo.
O próximo post vem no vácuo.
Mil beijos,
D>

sábado, 4 de junho de 2011

~ 4 MESES DE HISTÓRIA ~
(Diário de uma independente, parte XVII - o inverno chegou "rachando")
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INVERNO - No 4o mês de vida do Canto de Narcisa, após incontáveis convidados, foi a vez de uma visita que já chegou rachando... Inverno, minha gente! ... E rachou primeiro o meu camarim. O peso dos casacos pendurados causou uma avaria quase irreparável. "Quase" se não fosse pela minha esperteza metafísica. Foi só ali, olhando de dentro (sim, literalmente entrei no armário) - a ainda por cima após um faxinão que me deixou descadeirada - que entendi pra quê serve a física e a importância de a estudarmos no 2o grau (ooops, agora é Ensino Médio. Não posso denunciar tanto assim a minha idade). Munida de muita fita isolante e um (ex) lenço de camurça marrom, inventei uma gambiarra capaz de suportar o cabideiro, que, obviamente, teve seu peso reduzido à metade. Mas melhor do que comprar outro camarim. Até porque, por hora, sem chance... Minha versão-boneca, que mora sobre ele, teve de se proteger também da baixa temperatura. E não é que ficou bem elegante no modelito by Art Mammeska?! Um charme a mais.
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COLEÇÕES - descobri que gosto de colecionar coisas. Das mais interessantes às mais inúteis possíveis. Porém, é desinformado quem acha que sacolas retornáveis de compras e encartes de ofertas de supermercados, drogarias e afins sejam inúteis. Faz toda diferença saber onde o sabão em pó está mais em conta, e transportá-lo de uma forma que não agrida o meio ambiente. Sou cercada por 3 mercados e 4 farmácias, e ainda as Lojas Americanas. Tudo num raio de 1km. É importantíssimo sair de casa sabendo o que comprar e onde. A economia é sempre o maior desafio de uma dona de casa.
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BOMBA-SAÚDE - estou viciada no composto bomba-saúde. Consiste em misturar, sem murrinhagem na quantidade, os ingredientes: Corn Flakes, Iogurte de Frutas Vermelhas Vigor, Vitaminha de mamão, maçã, linhaça e quinua Piracanjuba; e salada de frutas. "É de comer baldes", como diz minha amiga-irmã carioca, Jods. Além disso, batata inglesa recheada com requeijão light e massa de tomate, acompanhada de champingnon cortado é outra maravilha. À noite, muitos legumes cozidos e depois refogados no shoyo com cebola e alho. Pra beber? Sempre suco. E o da vez é o de grapefruit. Se alguém disser que minhas refeições são calóricas, concordo plenamente. Mas são ricas em fibra, vitaminas e proteína que não acaba mais. Por isso não fico doente! Sou um exemplo nutritivo a ser seguido...
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UM CALDO DE SAMBA - fui convidada (de penetra) para ir à festa de aniversário da Cíntia, irmã da minha amiga querida, Ana Carolina. Detalhe básico: nunca sequer havia visto a aniversariante. A festa foi uma delícia. Caldos e canjica maravilhosos, queijos, frios, patês, pães, hummmm. Comi que nem rainha. E tudo regado a Smirnoff Ice e um "sampagode" ao vivo, profissional. Coincidentemente, um dos caras da banda era um cover-sósia perfeito do Dudu Nobre, e fora apelidado por Lucas de "Dudu Pobre"... Agora, a preparação pra festa foi uma delícia à parte. Aline, minha irmã-cunhada-prima-amiga, também acumulou a função de personal stylist por um dia. Me deu um trato no visual e me apresentou à versão Diana em dia de caça. Não "peguei" ninguém na festa, mas me senti tão elegante quanto as demais convidadas.
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VELHA INFÂNCIA - quase não entro no Facebook, mas recentemente tive uma surpresa ótima vinda de lá. Fabiana, amiga de infância, postou uma foto do aniversário do meu primo, Daniel, em 1983. Amei ter acesso a essa lembrança dos bons tempos, e aproveito para dividí-la com vocês; e ainda provar, por A + B, que eu tinha mesmo cara de menino. Isso pra quem ainda duvida quando eu falo, ou simplesmente "não acha"... Como disse a própria Fabi, "é mesmo, Duda. Cara de menininho, sim, mas um menininho lindooooo" - é, vamos concordar!
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"CANDOCASTUDO" - ser uma Candoca é tudo na vida. E demanda muito estudo também. Desde que entrei de licença que aproveito minhas tardes para papear, lanchar e estudar com elas para o futuro concurso do TSE. Bem, estudar, mesmo, eu só estudei 2 dias. Em um só rolou papo e cuscuz dos mais deliciosos. Até que tô pegando bem a matéria, sou bem auditiva. Não anoto nada, e fico levando sermão por isso. Mas já peguei o caminho andado, e se for pra copiar, copio de alguém depois que as aulas acabarem. Ontem foi dia de montar o carrinho de Bernardo, o Bruguelinho mascote. É delicioso imaginar que em breve ele estará ali dormindo, passeando, comendo, crescendo... A ansiedade aumenta. Mas Setembro está logo ali, e de presente de aniversário verei a carinha dele. Quer coisa melhor? Pra variar, paguei um mico. Batizei o sofá das Mercês. Desculpem, não posso dar mais detalhes, mas digo que se você vai dar vexame, que seja entre amigos, pois é menos sofrido assim. Ai ai... Só sei que ser Candoca é mesmo um privilégio. É tudo de bom!!!
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No mais, volto de pé direto novo dentro de alguns dias. Me desejem sorte e pronta recuperação.

Bjs mil,
D>;