domingo, 22 de setembro de 2013

DEMOROU, MAS CHEGOU!
Evento Cultural da SEDUC chega com atraso, mas surpreende...


Para mim, não existe essa de Cinema Americano, Cinema Europeu, Cinema Nacional. Pra mim existe Cinema - a Sétima Arte - e sua linguagem universal. Sim, o Cinema fala todas as Línguas, nós quem o traduzimos para os nossos idiomas talvez para particularizá-lo, sentí-lo um pouco mais de perto e mais intensamente, sei lá... Mas ainda bem que este cosmopolitismo está cada vez mais evidente. Estão se tornando muito comuns as co-produções, onde um diretor de nacionalidade "X" dirige um roteiro escrito em Língua "Z", mas com partes em "Y"; e com atores de vários cantos do mundo. Assim, todos saem ganhando: a "criança" ganha mais pais e mães e vai ainda mais longe, para noooossa alegria. 

Neste fim de semana eu vi "Cine Holliúdy" e "Elysium". O primeiro é um longa produzido no Ceará, e falado em "Cearencês", segundo o roteirista e diretor Halder Gomes faz questão de frisar, e o que até lhe rendeu legenda. O segundo, uma produção tipicamente hollywoodiana, mas com as presenças marcante e brilhante dos brasileiros Wagner Moura e Alice Braga. 

Cine Holliúdy é um cinema Narciso, que homenageia a si próprio, e a seu povo local, mas longe de parecer pedante. Ao contrário, é de uma simplicidade bastante interessante. O povo cearense é mostrado tal como é: brincalhão, debochado, sem medo de parecer politicamente incorreto, brega, nem nada. Os diálogo são uma aula de regionalismo que ensinam muito, além de exaltar a problemática das diferenças sociais e culturais tão acentuadas no Brasil. É um filme "caseiro" não somente por ser feito aqui, mas porque retrata memórias pessoais do roteirista/diretor, que viveu muito do que seu protagonista nos conta. Através do hilário Francisgleydisson, um herói que tenta manter viva a magia da projeção cinematográfica em plenos anos 70, quando a TV começa a dominar o mundo e ameaçar seu ofício e paixão; Halder mexe com coisas totalmente atemporais, como por exemplo a politicagem; a burocracia que engessa todo e qualquer progresso, em especial o progresso da cultura; o apelo ao sexo; a importância das figuras religiosas no interior do país (padre é autoridade tanto quanto o prefeito e o delegado); entre tantas outras coisas. Com cenas dignas de se chorar de rir, comandadas por atores, humoristas e até cantores, o filme dá muito bem o seu recado, um recado, aliás, que chegou até a verdadeira Hollywood...

Já "Elysium", confesso, não fez minha cabeça porque não curto filmes futuristas e cheios de pancadaria, tiros, e efeitos especiais quase que constantes. Além do que, achei o roteiro fraco e linear demais, onde já na segunda cena se sabia exatamente tudo o que viria a seguir. Porém, as interpretações de Wagner Moura e Alice Braga roubaram a atenção que daríamos, em outros tempos, inteiramente a Matt Damon e Jodie Foster. Altamente inspirado na animação da Pixar, WALL-E (para não dizer "plagiado"), Elysium conta a história de uma Terra caótica nos idos de Dois Mil, Cento e... Me esqueci! Onde os habitantes ricos, claro, criaram uma Terra artificial, um lugar, aliás, onde há cura instantânea para qualquer doença. Wagner Moura, que nos acostumou a vê-lo como um cara que desce o teco na bandidagem, agora é a própria bandidagem, e sem ninguém capaz de detê-lo. Que ele é talentoso, já sabemos, não precisávamos deste filme para comprovar, mas é legal ver que ele agora não tem mais fronteiras. Ele será visto e reconhecido por muito mais gente, e dá orgulho demais disso, de ver que nossos atores não deixam nada a desejar, não devem nada para os mundialmente famosos. Alice Braga sempre figurou mais lá que aqui, mas, claro, jamais vai deixar de ser uma brasileira que brilha além dos limites geográficos. Seu Inglês, aliás, é perfeito, bem melhor que o do Wagner, que no comecinho do filme deu umas rateadas, foi difícil de entender, mas depois articulou melhor e deu show na última cena, quando avisou ao presidente de Elysium que o lugar agora tinha novos donos...

Em matéria de roteiro e produção, sinceramente, é raso e até injusto. Jodie Foster tinha tudo para ser uma vilã marcante, mas ficou algemada. Foi até onde deu, mas merecia mais. Matt está bem, mas, apesar de protagonista, perde feio para o Spider interpretado por Moura. Ele fica em segundo plano, literalmente. Já Alice, em todas as cenas que aparece, imprime sua ótima expressão facial e uma dicção impecável. 

Elysium vale pelo casal brasileiro, que merece ser prestigiado. Cine Holliúdy vale por tudo, e merece ser ainda mais prestigiado. O que vale, mesmo, é ir ao cinema e deixar esta arte nos teletransportar para uma dimensão particular!      

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Eu sei que é AMOR, simplesmente...
Dudatriz - os primeiros 35 anos

Eu sei que é AMOR, 
De ida e de volta...
E dar Amor enobrece
Mas recebê-lo, engrandece!
Dar Amor esclarece
Recebê-lo, emudece!
Dar Amor atenua
Recebê-lo, perpetua!
Dar Amor disciplina
Recebê-lo, ensina!
Dar Amor alegra
Recebê-lo, reintegra!
 Dar Amor gratifica
Recebê-lo, dignifica!
Ao dar Amor, sinta-se bem
Ao recebê-lo, diga "Amém!"...


Eu sei que é Amor, simplesmente; então, para que saber algo mais? Aliás, para que dizer algo mais, querer algo mais, precisar de algo mais? Para que tudo o mais se com ele tudo se faz? De uma legião de Anjos a singelas refeições, recebi de tudo, ou seja, recebi AMOR... Houve quem participasse do meu momento ao vivo, por telefone, por preciosas mensagens, e ainda houve quem usasse todos os recursos. A cada um, meu agradecimento profundo em forma, é claro, de Amor, tão sublime quanto o que recebo de vocês...

Bjs,
D.