sábado, 22 de agosto de 2015


Vera VOLTZ
Um COQUEtel de energias
Minha diversão da hora é beber de um coquetel energético pra lá de inebriante. Melhor dizendo, "inebrilhante"!!!

Coincidência ou não, comecei a escrever este post no computador do trabalho, quando de repente... Puff... Ele pifou!!! Bem como o de um colega! "Oscilação na corrente", confirmou o técnico, algo que eu já desconfiava. Só me restou rir e tentar dimensionar, ainda que minimamente, o poder e o alcance dessa mulher, dessa atriz, desse ser humano fantástico que é Vera Holtz.


Há pouco tempo, ela entrou no universo do Facebook, e seu perfil tem sido então minha visita diária obrigatória. Minha e de mais de 110 mil seguidores, interessados em nos tornar 220...Voltz, como ela!!! Somos uma legião de pessoas em busca de recarregar as baterias numa original e criativa corrente cujo cerne, eu diria, é o Coque. Sim, o Coque. Vera escreve e protagoniza uma série chamada "Para que serve o famigerado Coque?", onde já pendurou, além de sua coroa básica, os balões e a vela de seu aniversário, o carregador do celular, e sacolas; e além disso - pasmem! - já colocou na boca um carregador de celular ligado na tomada, e pousou sobre a cabeça até um ferro de passar. "Desligado, mas jamais desliguem suas ideias criativas", foi seu recado!
Eu vivo de coque, é como um Amor que não me sai da cabeça; e me julgo um ser até bastante criativo, mas Vera e sua veia cômica literalmente "plugada" me mostraram que um coque é uma arma poderosa, que pode ir muito além de - no meu caso - domar fios rebeldes oriundos de uma fonte sem qualquer paciência para lidar com eles. Só de descobrir uma nova maneira de carregar as compras do mercado, já me valeu por uma lição de vida!
                                
Só que muito antes de o Facebook sonhar em existir, Vera já tinha entrado no meu Universo. Bem, melhor dizendo, meu Universo esbarrou no dela. Como eu sou uma pessoa de muita sorte, nasci no mesmo país que ela, e dentro de um espaço cronológico que me permitiu vê-la atuar, ao invés de só saber de sua existência através de livros de História da Arte. Me apaixonei pela mesma profissão, embarquei nela, e como não podia ser diferente, não demorou nada para a dona do coque mais famoso da web se tornar uma das minhas mais fortes influências. Nosso primeiro encontro foi em Brasília, em Mil Novecentos e Adão e Eva (brincadeira, foi em 1997 mesmo, nenhuma de nós é tão velha assim!), quando ela estava em cartaz com a peça Pérola, do saudoso Mauro Rasi.


                                  
Meu diretor de teatro na época, Marcelo Souza, era o produtor local. Fiz a ele a exigência de me permitir entrar no camarim para conhecê-la. Assisti duas vezes, e na primeira fomos eu e minha mãe, apenas. Havia uma parte da peça em que ela fazia uma dança, mas segundos antes, em cena mesmo, bateu o joelho numa parte do cenário e o povo todo ali viu que ela fez a dança e o resto da peça "no sacrifício". Na hora do camarim, deixou a expressão de dor de lado e era só sorrisos aos fãs. Minha mãe a parabenizou principalmente pelo esforço, ela agradeceu e então virou-se pra falar comigo. "Mas que olhos lindos esses seus! (quase os fecho de tanta timidez), a senhora caprichou, heim!?", voltando-se para minha mãe. "Eu te trouxe um presente especial!", falei, entregando o embrulho (este que ela segura na primeira foto). Quando abriu... Que escândalo! "Geeeente, olha o que eu ganhei! Meu Deus, olhem isso! Um brinco de Pérola!". Fez toda a equipe parar o que fazia pra curtir com ela o presente que chamou de "mais original e carinhoso, impossível". Fui coberta de beijos e abraços apertados, fizemos nossa foto, e eu saí de lá flutuando. Antes de ir embora, Marcelo disse a ela e aos parceiros de elenco que no dia seguinte todo o grupo do "Auto da Compadecida" estaria lá pra vê-los. "Oba, então a Duda volta amanhã? Que ótimo!", foi essa deliciosa demonstração de carinho que me carregou até em casa feito o Tapete do Aladdim. E dura foi a espera ansiosa das 24h seguintes... Quando voltei, fui a primeira do grupo a ganhar o kit beijo-abraço, e a galera do "Auto" se transformou pra ela em "os amigos lindos da Duda". E ela fez questão de tirar uma foto conosco em sua própria máquina, e também na da produção. "Senão só vocês terão a foto, não pode!", ela dizia. Uma pena eu não ter mais essa foto do coletivo, só as duas individuais, uma de cada dia, uma para cada dia que estive pessoalmente ao lado dessa pessoa incrível, dessa atriz talentosíssima, dessa artista tão criativa e igualmente generosa.



O Facebook me faz sentir ao lado dela de novo, porque ela é um alguém tão marcante e tão presente que suplanta detalhes bobos como distância física, tela de computador, anonimatos, etc. Além disso, é uma grande amiga e amada de grandes amigos e amados meus, o que contribui e muito pra essa sensação de proximidade.


Coquetel de remédios antidepressivos? Litros de uísque com energéticos? Que o quê! Ninguém precisa de nada mais que uma dose diária de Vera Holtz, e seu Coque Versace - digo, Versátil!
PS - e se ela estiver acompanhada de Luis Melo, a coisa fica ainda melhor...

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

~A Síndrome da Sala de Embarque~


Eu queria comprar o mesmo desinfetante que usam nos aeroportos para usar na minha casa. Para descansar e dormir com aquele clima, aquela sensação de estar iniciando uma grande viagem - aquela pela qual tanto se esperou... Quero montar um papel de parede com banners de companhias aéreas, empresas de aluguel de carro, e agências de viagens; transformar minha cozinha num mini-bistrô; e minha biblioteca, num mini quiosque de livraria; trocar meu sofá por uma longarina; e ter como escultura decorativa um painel eletrônico com horários de voos. Seria incrível ver as Partidas sem me sentir partida ao meio, e também ver as Chegadas imaginando as histórias fantásticas que cada passageiro trouxe na bagagem. Eu só queria tornar física e visível a minha tão deliciosa Síndrome da Sala de Embarque. Sim, deliciosa. Quando a palavra "síndrome" surge no contexto, sempre remete a algo ruim, eu sei! Mas essa veio pra confirmar a regra, já que toda regra tem sua exceção. Ela é uma cura, um antídoto para todas as outras. É alucinatória, é abdutora, é uma verdadeira redenção. Porque na minha Sala de Embarque não existem atrasos. Ninguém nunca chegará tarde demais. E eu jamais perderei um voo sequer... ... ...