sábado, 30 de abril de 2022

~SOBRE.SAIR~
(Pedaços de uma Metamorfose irreversível)

Sobressair é sobre sair por cima. É sobre sair de cena sob palmas que calam as vaias (ínfimas e póstumas). É sobre sair como herói de si mesmo, não como vítima a esmo, se escondendo debaixo das próprias saias ou dentro das finas brumas...


Sobressair é sobre soltar por Universo com tanta coragem que chega a dar medo! É sobre sair na vantagem, recebendo tudo mais cedo! Sobressair não é sobre ´forçar a barra` ou se exibir, mas sobre sair do enredo (nem que seja na marra!) quando ele não mais servir. Sobressair é sobre deixar ir...


Sobressair é sobre sair em disparada, num movimento contínuo. Porque a Vida nunca é sobre ficar parada, é sempre sobre seguir adiante, pois estagnar é torna-se nulo, e, pouco a pouco, se esvair. É mudar sempre que preciso (e ficar muda sempre que possível). Porque Viver é sobre Tudo, sobretudo EVOLUIR...


Sobressair é sobre sair pelo Ar, voltando a respirar. É sobre ir mesmo não sabendo onde a saída vai dar. Sobressair é, sobretudo, sobre superar tudo. E superar é respirar um Ar superior, e para tal é preciso voar bem alto, ao sopro dos ventos da Mudança. E eu sei voar de todas as maneiras (principalmente por dentro). 

Tantas vezes, já me faltou chão, mas céu, nunca! Eu só me ancoro na Amplidão!!! Eu saí do casulo direto pro pedestal, pois quem tem asa não rasteja, não nada, não caminha, não corre. Quem tem asa, voa. Voa alto e voa o mais longe que dá. Quedas? Estrelas cadentes seguem sendo estrelas, e na ´pior das hipóteses`, viram estrelas-do-mar...
 

Porque SOBRESSAIR é (e sempre será)sobre 
SAIR DO CASULO E BRILHAR!!!


"Um dia, confiei demais, e um tapão eu levei. Virei uma ferida aberta, precisei de um tampão, então, me confinei... E a Vida me fez mais esperta!!! Entrei no casulo pra me esconder dos rivais, e foi então que, enfim, me reecontrei."

"Primeiro, a gente se camufla, depois a gente hiberna. Primeiro, a gente se transmuta, depois a gente se liberta. A gente troca de casa, a gente troca de pele, a gente cria asa e depois se expele."


“...Tô me guardando e me aguardando... E quanto meu processo estiver terminado, eu estarei suando por todos os poros, surtando de todos os modos e gozando de um jeito tão sonoro, que será simplesmente impossível o Mundo Todo não ter me escutado!!!”


“Morrer é mais fácil que renascer, meu bem! Eu já morri ontem, e hoje também; mas sempre respiro fundo novamente, lavo o rosto, e sigo em frente... (S)emfim, EU RECOMEÇO!!! Covarde quem me matam, mas, sobretudo, incompetente. Porque eu sempre renasço, e numa versão muito, mas muuuito mais potente.”


“Casulo nunca foi uma zona de conforto, e sim de confronto. Há muita briga neste abrigo. É seguro mas é escuro. É sossegado, mas é apertado. O casulo tantas vezes é duro e complicado. É o lar de um futuro um tanto impuro. Mas no casulo, nunca me anulo. Sempre me reformulo.”

“O casulo era escuro e frio, mas ali não havia dor. Ali, eu brinquei com as palavras, somando cores a elas; e tanto falei, chorei, travei, me reconectei e brotei. Criei um mundo “noovo” (a própria “Art n´Ovo” da Natureza). Agora, rezo por um outro evangelho, então, por gentileza, me perdoem por não sentir mais nada de velho!”


“Às vezes, a gente entra no casulo pra curar as dores, procurar os amores, entender os pudores, esquecer os rumores e trabalhar os dissabores. Às vezes, a gente entra no casulo pra consolidar as mudanças, produzir as heranças, ou apenas pra esperar o Tempo passar e nos apresentar a sua linda dança.”


“Sempre soube que a nobreza mora na Natureza, e foi Ela quem me ensinou a ser mais Amor e menos Instinto. E o que era uma Dor, hoje é extinto... Eu me tornei mais gentil com quem estou me tornando, e agradecendo a cada tornado que me deu voz de comando.”


“Um dia, tentei entender os processos, mas vi que bastava confiar nos propósitos. Ainda é cedo pra saber quem sou agora, mas claro que sei muito bem quem já não sou mais.”


“Do preâmbulo ao crepúsculo, nunca impedi o encapsulamento, nem tentei conter a erupção. Entro no casulo pra ser mais crédulo, refazer um cálculo, ampliar o vocábulo, ganhar um novo estímulo, criar um novo vínculo... Atualizo o currículo e a área de atuação!”


“Quando é pra morrer, eu vivo desistindo. E quando é pra viver, eu morro resistindo!”


“Deixei letras escondidas, larguei palavras soltas, produzi frases picotadas e estrofes embaralhadas só para ter o prazer de achar tudo isso um dia, como quem acha dinheiro perdido numa gaveta; e montar como um quebra-cabeça, desvendando o que meu Coração escondia naquele Portal da Rebeldia, típico de uma ninfeta-detetive... Adoro brincar de achar as perguntas para aquelas respostas que sempre tive!”


"E de tanto tomar NACARa,
Desde OSTRAS Vidas,
Virei PÉROLA!!!"


“Era uma neurose, uma parasitose, uma necrose, uma gnose... Meu casulo era um pote de ilusões, mas minhas asas são a ponte pra longe do dilema, e a chave que abre todos os portões e todas as algemas.”

“Um dia, abri a cabeça à marretada, o peito a fórceps, e me acoplei no Coração que me habita! Até que abri as asas, mas estas, com a leveza de uma bailarina... E nunca mais morri, nem mesmo com tiro de carabina!”  


“No momento em que cansou, e no local onde parou... É daí que se recomeça!!! A loucura, a frescura, a procura, a secura, a fase da brancura e até a face escura: tudo nos traz A CURA!”

“Sofreu, chorou, se magoou, se fechou... E então, aprendeu, limpou, perdoou e recomeçou!!!”

“Quer chegar longe? Então, sonhe alto. Sonhar é voar antes mesmo do nascer das asas. É o treino necessário.”


"O Universo me tem completa outra vez. Eu dei meia-volta e brotei como flor que perfuma as próprias dores e embeleza de cores a própria revolta." 

"E o casulo um dia congelou... Mas agora, a Borboleta esquece o cimento do esquecimento que um dia o petrificou. Porque Viver é transformarDor!"


“Vivo entre as virtudes do Presente e as vertigens do Futuro, pois o Passado é só referência, não residência. É aprendizado pra se libertar, não pra seguir aprisionado.”


“Houve um tempo em que eu enxerguei quem não existia, e passei a achar que eu também não existia enquanto criatura. Houve um tempo em que eu temia o Tempo, mas agora que o tenho de sobra, vejo o tamanho da minha própria obra. Hoje, conheço o Tempo da Alma, do Despertar, do Retorno e da Ruptura. Hoje sei que sempre sou do exato tamanho que me vejo, e hoje só me espelho em quem me vê ainda maior (às vezes até que o próprio desejo).”


“MetamorFASE, MetamorFUSO... O Tempo sempre nos convidará a mudar tudo!!!”


“Renasci, Cresci e Floresci. Agora, sou borboleta, sou flor alada, sou minha própria Alma exalada.”
 

“Já mudei a rota tantas vezes, já mudei a nota de tantas vozes. Já tentei controlar o incontrolável, conter o incontível e contar o incontável. E a Vida seguia ´seguindo´ enquanto eu parava, desviava ou desistia; até que aprendi a seguir com ela, e nunca mais parei, desviei, nem desisti de mudar... Porque entendi que há beleza na parada, há leveza na espera, e há na quietude uma não-busca que mesmo assim nos faz Encontrar.”


É no Mundo-Mudo que eu mudo!

PAREI... REPAREI NO NADA... E REPAREI TUDO!!!



Amiga Ely. Mais uma vez, o Universo caprichou e a gente se superou, né? A cada dia a gente aprende que a Vida é sempre sobre entrar no casulo e curar/sair do casulo e brilhar!!! Você cura com pincéis e brilha em suas cores. Eu curo com palavras e brilho em seus valores. Aprendemos mais uma vez que somos sempre inteiras, mesmo quando estamos aos pedaços. Que sempre somos autoras das Auroras e dos Luares; da Terra, dos Mares, e até de Marte, porque somos do Céu-do-EternizARTE.
 

As várias de nós quando se encontram dá briga, mas também dá certo. Fragmentadas e fraturadas: reintegradas e curadas! Aprendemos que mudar nem sempre é suave, às vezes é apanhar a duras penas, mas vale muito a pena (nem que seja apenas tentar!). Aprendemos a fazer retiros temporais nas nossas fontes onde retiramos temporais retidos nas frontes. Aprendemos que sofrer sem suporte é como morrer dentro da própria morte. Aprendemos que “ser quem somos” e “fazer o que queremos” são simplesmente sinônimos.
 

Mas o que aprendemos, de verdade, é que antes de aprender a voar é preciso aprender a voltar. É bate-volta, é reviravolta, é revolta, até que a gente dá meia-volta e volta pra onde a gente nunca deveria ter saído: do nosso real e devido lugar! A gente não precisa ser tantas pra ser tanto, por isso, podemos – e devemos! – colecionar algumas renúncias. 

Que bom que finalmente aprendemos que Viver é uma metamorfose constante. Às vezes adiável, mas inevitável e irreversível...

Gratidão infinita! A ti e à Ana Júlia (essa que é, sem dúvida, a tua melhor metamorfose!)

Até a próxima! (pois, como bem dissemos, "é pouco ano pra tanto plano!!!” rsrsrs)