quarta-feira, 26 de agosto de 2020

~RÉQUIEM PARA UMA CARÊNCIA~
#QUEBREOMURO

...E meu interno e externo enfim se fundiram, e não mais se confundiram como duas metades distintas! Eles não mais tentaram separar o que nunca se uniu, nem reparar (n)o que nunca partiu!

 

A Hora Certa sentou no meu colo! E assim, quebrei todos os muros (especialmente os das lamentações), dei a Volta ao Mundo por um atalho, abri cadeados aos murros, e parei de ser o "quebra-galho", artesã de tantas reivindicações. 

 

...E meu interno e externo enfim se mesclaram, e não mais extrapolaram como duas metades rivais! Eles não mais brigaram feito dois medievais!

 

A Hora Certa deitou no meu colo, com suas Liberdades nuas e cruas! E assim, desejei "que tu ruas na encruzilhada daquelas ruas onde me abandonaste naquela tempestade"; mas folgo em dizer que foi bem naquela hora (quando esqueci de chorar) que entendi que toda lágrima lavou meus pontos de vista, e que todo suor passou meu corpo em revista limpando os toques que nunca quis receber (mas teimava em reter). 

 

...E meu interno e externo enfim se esvaziaram de seus pesos, e agora saem ilesos de onde tudo ruiu!

 

A Hora Certa me viu voar junto aos astros indefesos, cosendo o Infinito de forma digna, quebrando paradigmas reais e metafóricos. Sim, enfim eu não mais me julgo, só me conjugo no particípio passado-a-limpo, e no mais-que-perfeito do Imperativo Categórico.

 

A Hora Certa me obrigou, e eu confessei! Sim, um dia eu escrevi o Manual do Abismo. Escrevi, editei, publiquei, e patenteei. Mas no dia em que o Tudo em um se fundiu, rasguei toda essa M... e mandei longe, lá pra P... que ParTiu!


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