Sinto penas
Perco penas
Torço as pontas
Estagno, pois, num repouso
Forçado no chão...
Atrofio
Pedras me acertam
Mancho por fora
Por dentro
Mudo de cor
E de tom...
Mas nunca sou voo rasante
A farejar um solo vão!
Meu voo, ainda que solo,
É sempre alto, na imensidão!
Sou guiada pelo vento
Até descansar em nuvens
Me confesso às estrelas
Me aconselho com a Lua
E não reflito nada
Além do brilho do sol...
Faço-me sempre assim:
Minha mais genuína essência
E é meu movimento puro e simples
O que rege a minha existência...
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