segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Onde haja só seu corpo nu junto ao meu corpo nu...

Conversando com uma amiga classe "vip" sobre a playboy de Cléo Pires, perguntei a ela se posaria nua também. Apesar de serem ambas librianas, e famosas, são personalidades bem diferentes. Antes de saber a resposta, dei a ela minha opinião. E a recíproca foi verdadeira. Resposta negativa-direta e sob os mesmos argumentos. Pensamos igual também neste quesito.
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Nudez é um tabu 100% pessoal. Para uns é natural e não deveria despertar estranheza ou causar choque moral. Para outros, natural é andar vestido, pois, mal saídos do útero já lhes cobrem as partes com roupas. Para mim, a nudez é o mistério mais instigante, e deve ser mesmo íntima, privilégio diário seu e de poucos eleitos por você. Por isso o chamado nu artistico, sim, é até mais sensual, e mesmo uma roupa mais colada ou provocante. Mas sabemos, eu e minha amiga, que 99,9% dos homens (já que generalizar é sempre um perigo) não coadunam desta opinião...
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No mundo de hoje, famosos e anônimos vivem cada dia mais expostos. E com isso as pessoas vão revelando seus mistérios cada vez mais rápido até que perdem a graça. E sendo a nudez o grande mistério, uma vez revelada e curiosidade satisfeita, perde-se muito do interesse. Alguns caem no "lugar comum" e até no ostracismo, pois trazem a idéia de que não se têm mais nada a oferecer, ainda que de fato tenham.
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Acho que algumas pessoas não precisam dessa exposição, mas jamais condenei quem topa fazer. Aliás, parece que algumas têm até a cara do editorial. Mais cedo ou mais tarde as veremos por lá. Como é o caso da Cléo Pires, que revela sem pudor seu lado exibicionista em suas entrevistas, e fez questão de deixar isso evidente em seu ensaio. Mas há pessoas que nem imagino permeando capa e páginas principais, mas, reitero que não as condenaria.
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Um dia eu gostaria de fazer um ensaio sensual, um nu artístico (de preferência quero estar grávida), para presentear uma pessoa especial. Vai ser um segredinho de poucos. Algo de um mistério tão bom que mereça ser colocado em um baú, enterrado sob algum monte de areia com direito a mapa-do-tesouro e muitas boas risadas acompanhada de taças de vinho, imaginando o que nossos netos acharam quando enfim o encontrarem.
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A intimidade amplifica tudo! Assim, penso, tudo tem muito mais graça.

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