sábado, 27 de junho de 2009

A CARA DA GANÂNCIA ALHEIA
Celebridades do Escândalo ***
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Enquanto o mundo discute o talento, a genialidade, o legado, a morte de Michael Jackson só me fez refletir sobre a ambição humana. O proclamado Rei do Pop não era apenas um cara infeliz, ele era a cara da ganância, sobretudo alheia. Um cara cercado de pseudo-amigos. Era óbvio que ele sofria de, entre outras coisas, distúrbio da autoimagem. Até aí, normal, tanta gente sofre disso e de um tudo mais. A questão é: "Por que ninguém foi capaz de interromper este processo autodestrutivo?". Há uma piada antiga que diz que Michael era a prova "viva" de que os EUA são um país 100% democrático, pois só num país 100% democrático que um menino negro e pobre podia virar uma menina branca e rica... Mas, humor negro à parte, um cara cercado de milhões - de dólares e de pessoas, mas que bastaria ter apenas um - milhão e um amigo - para reencaminhá-lo, para levá-lo a um tratamento.
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Se eu aparecesse com qualquer distúrbio, minha família e amigos me socorreriam. Eu certamente seria tratada. Mas isso porque eu sou uma reles mortal, não uma caixa registradora. MJ rendia muito mais dinheiro ao se tornar cada dia mais bizarro. Suas excentricidades passaram a ser mais valorizadas no mercado que os produtos do seu trabalho. Se eu surtasse, eu daria prejuízos. Já MJ se fosse normal, fosse ajudado, toda uma cadeia de gente perderia milhões. Só para listar alguns beneficiários: seguranças, advogados, cirurgiões plásticos, médicos (de diversas especialidades), paparazzi e tablóides, mulheres barriga-de-aluguel, mulheres mãe-de-frequentador-da-NeverLand... MJ era uma indústria que há muito já não tinha nada a ver com a fonográfica. Era uma indústria dos Horrores. Ele, sozinho, valia por um circo todo. Ele dizia que Elizabeth Taylor e o produtor Quincy Jones eram seus melhores amigos. Não duvido! Podiam sim se importar de verdade com o ser humano, e com o profissional, mas então estavam sozinhos nessa luta. Se eles pretendiam ajudar o amigo, falharam. Sucumbiram a essa multidão de urubus sobre a carniça que só viam cifras.
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Lembro que o Fantástico certa vez fez uma simulação de computador, de como seria o cantor se não tivesse feito tantas cirurgias plásticas, e saiu às ruas de NY perguntando às pessoas se o conheciam, afirmando que era uma pessoa famosa. Ninguém o reconheceu, e quando informados de quem era, se chocaram e deram, todos, uma mesma declaração óbvia: "muito melhor assim!". Sem dúvida. Negro na pele, nas feições, no cabelo. E não parecendo uma máscara de filme de terror. A cara da vida dele... Eu não vim dar uma de advogada do pobrezinho do rapaz que, só porque morreu, virou santo, sem nenhum pecado original. Só quero provar que a ganância só faz vítimas. Milhões de dólares muito dificilmente fazem alguém realmente feliz. E num mundo onde o errado está cada vez mais certo de acontecer, é fácil prever que num futuro próximo seremos bombardeados por uma geração de Celebridades do Escândalo. O trabalho não precisa ser bom! Basta ao artista ter muita bunda pra fazer muita M... por aí! Tanto não estou longe da verdade que atrás de MJ já vêm Britney Spears, e suas amiguinhas Paris Hilton, Lindsey Lohan...
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Ser diferente é normal. Mas ser indiferente ao anormal e lucrar muito com ele é a nova ordem mundial!

domingo, 14 de junho de 2009

E assim falou ZaraDUDA...



Se não se faz um omelete sem quebrar os ovos, nada de vari-ação sexual sobre o mesmo tema, pelo amor de Deus!!!
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Tenho um corpo perfeito, sim. Quem disse que não? Não lhe falta nenhuma peça, e todas as partes funcionam maravilhosamente bem. São tão competentes que mantêm até uma reserva de combustível...Então, o que vocês chamam de "ser gorda", eu chamo de " ser precavida e funcional". Assim, valem o conselho, e o trocadilho: "Não perca a vida funcionando mal".
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Uma vez li numa revista a célebre frase: "só há uma maneira de parecer inteligente: é sempre andar com gente menos inteligente que você"... Affffffffff... Pra mim, só há uma maneira de parecer inteligente: é sendo inteligente! E só uma maneira de ser inteligente: andar com gente mais inteligente que você! ... Diga-me com quem andas, que te direis se és uma besta!!!
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Ser humano se preocupa tanto com o que os outros pensam que nem pára pra pensar que suas idéias quase nunca são originais, mas sim, reflexos de outras, cópias que compartilha com uma multidão. Após entender isso, passei a ter uma preocupação a menos que todo mundo.
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Minha irmã costuma dizer que "há coisas que a gente pensa, mas não fala!". Peço licença para ser a exceção dessa regra! Há coisas que eu penso, e, por isso mesmo, falo! E não só falo como escrevo, e espalho, e provoco outros pensamentos, mas que as pessoas não dizem... É tão triste quando não temos retorno!!!
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Deus me deu uma boca para comer, falar e beijar. E exerço todas as funções com a maestria que lhes é peculiar.
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Um dia resolvi tentar entender porque dizem que a Morte é a única certeza da vida, se, pelas minhas contas, ela é apenas a antepenúltima das 4... O Amor é a primeira certeza! Daí chega a Morte e carrega quem o representava, deixando a certeza da Dor de uma Saudade, pra então vir a certeza do Tempo, que, ironicamente, tantas vezes nos mostra que não podemos ter certeza de nada...
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Se é para ser especial, que seja então na mais pura e simples normalidade. Dá muito menos trabalho e melhores repercussões.
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Tristeza a gente alimenta bebendo entre estranhos, e mata chorando entre amigos.
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Quando eu achava que a minha auto-estima não poderia perder mais nada, veio a reforma ortográfica e lhe sacou até o hífen! Quando a gente pensa que não dá pra ficar pior...
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E o que Deus uniu... As religiões separaram!!!
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Ultimamente, eu só rezo para não perder a fé...

sábado, 6 de junho de 2009

"VESTIDO DE NOIVA"
E a Lei do Amor, onde fica?


A gente nasce e morre escutando que "todos são iguais perante a Lei, mas uns são mais iguais que outros". É repugnante mesmo, revolta! Mas isso quando a gente vê pela ótica socioeconômica, simplesmente. Quando um assassino rico se livra da cadeia somente porque é rico, e uma mãe miserável vai pra cadeia por roubar um pote de manteiga, por exemplo - porque alguém tem que dar o exemplo, é o que quero dizer! - não faz sentido algum. Mas, e se pensarmos de uma outra forma? Se virmos as Leis como se elas fossem Vestidos de Noiva? ... Vestido de Noiva é inconfundível. Só de olhar, sabemos que é "de noiva". Ricas e pobres, brancas e negras, novas ou velhas, qualquer mulher pode - e se veste de noiva, mas cada uma com aquele que lhe melhor cair. Para toda noiva, o modelo; mas para cada uma, um corte apropriado. E quando a mulher se veste de noiva, ela está vestindo todo um lirismo. A noiva veste a felicidade. Veste a amizade e o respeito por si e por um próximo cada vez mais próximo. Veste, acima de tudo, o AMOR... A Lei é uma regra inconfundível. Não é um pedido, é uma ordem. E não é pra poucos ou só para um grupinho. É uma regra geral, mas sua aplicação deve contemplar, sempre, este conjunto que estamos nos habituando a ignorar.

Foi o caso do pequeno Sean Goldman, de 9 anos, que me fez refletir novamente sobre isso. Nascido em 2000, nos EUA, Sean veio para o Brasil aos 4 anos, e aqui está, há 5. Perfeitamente adaptado, cercado de inúmeras pessoas que o amam, feliz. A prova de que este menino é feliz é que, mesmo sendo objeto de uma disputa que em nada pretende ser por ele, todas as fotos que vi publicadas desta criança, ela está sorrindo... Sean não tem culpa do seu passado, e não deve pagar por ele com seu futuro. A essa altura, não interessa quem errou lá atrás e quem tem razão hoje. Não interessa mais por que a mãe o trouxe para o Brasil, não interessa por que, em 5 anos, essa situação não se resolveu; o que interessa agora é reconstruir o pedaço grande do mundo dele que desmoronou com a perda da mãe, e não fazer tudo desmoronar de vez com a perda da irmã, dos avós, tios, padrinhos, amigos, pai afetivo...
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A convenção de Haia, por si só, não está errada. Mas ela não descreve/diferencia seus "sequestradores". Pessoas que somem com seus filhos por pura maldade e as que fogem com eles para se salvarem estão todos no mesmo papel. É um vestido que nunca vai vestir a todos igualmente, nem por decreto. Talvez seja justamente pela falta deste encaixe que a Convenção diz também que se leve em conta a vontade da criança, e verifique se ela já se encontra adaptada ao país. Assim, a decisão do Brasil além de Legal é acertada em não punir essa criança pelos erros dos outros. Mas me assusta ouvir os discursos do tipo "o Brasil tem de dar o exemplo!". Se os EUA vêm cumprindo à risca a Convenção, uniformizando decisões que não têm razão de ser iguais, o Brasil precisa ser do mesmo jeito?! Por favor! O sentido de "A Justiça é Cega" está sendo muito mal interpretado aqui. Justiça, em primeiro lugar, nada tem a ver com nossos direitos no papel, mas sim em fazermos nossos papeis direito. Assinar um papel puramente porque "é um acordo" - e por medo de birras e pirraças, represálias em futuras decisões - é fazer papel de palhaço. É transformar num circo armado a vida de um inocente e fazer dele um mero Troféu Pseudo-Justiça. Pois num circo verdadeiramente justo, a alegria predomina. Num circo verdadeiramente justo, o que impera é sorriso de uma criança...