sábado, 7 de junho de 2008

"Sêde na Séde"
A Doce e os Docentes

Convite para o evento - Cartaz identificando a minha mesa
(que algum -da-PÊ manchou de água justo na minha cara)


"Arrumei e Rumei"


"Discurso de Apresentação da Obra"
Momento Cerveja Sol (Ge-laaaaaa-da)

Posando para os fotógrafos oficiais do evento
(embora estas fotos tenham sido feitas pela minha mãe)

Exposição de Fotos - Marcello Bulhões


Há certos convites que a gente recebe e finge que não recebeu. Há outros que a gente imagina que virão, eles chegam, e a gente ou inventa que a avó morreu ou finge que não entendeu. Mas há outros que a gente não espera, não entende, mas aceita de bom grado e agradece muito...
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Foi o que aconteceu comigo na Quarta (4/6). Fui incluída no projeto Sede de Leitura, da ADUFPB - Associação dos Docentes da UFPB. Não entendi porque tinha sido agraciada se estou longe de ser do corpo docente da Universidade, e entendi menos ainda porque tinha sido avisada tão em cima da hora, mas, obviamente, "Arrumei e Rumei!!!" - arrumei a cara e trouxa com os exemplares, e rumei para o evento.
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Cheguei à Sede da Associação sem sequer saber com quem falar, muito menos o que fazer. Era uma estranha-cabra-cega-no-ninho. Logo no portão de entrada, fui sendo fitada curiosamente a cada passo que eu dava. Nada a ver com o meu decote, antes fosse!!! Ali, todos se conheciam e, obviamente, NÃO me conheciam. Começou um interrogatório. "De qual departamento a professora é?", e eu só dizia: "do CCHLA"; virava as costas, educada, porém rapidamente, e dava de cara com um segundo inquisidor. "Foi aluna do Professor Fulano?", "conhece a Doutora Beltrana?". Por que ninguém vinha me perguntar, apenas, sobre o meu livro???
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Por que eu fui querer isso???
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De repente, a organizadora do evento reúne os autores numa mesa e chama um a um para apresentar sua obra... Virginiana, em local estranho, e numa situação imprevisível... RUBORIZEI!!! Tremia na hora de discursar a meu próprio respeito como se nunca houvesse falado em público. Como se não estivesse acostumadíssima aos palcos e às platéias de todo tipo. A voz falhou. Tentei fazer graça, alguns até riram, mas eu, conhecida por falar pelos cotovelos, joelhos e tornozelo, não passei nem 2 minutos de posse do microfone. Agradeci a oportunidade de estar em meio a tantos Mestres e Doutores, a presença dos 3 Mosqueteiros - meus fiéis escudeiros Mãe, Pai e Tio, sempre presentes; e pelas palavras de apoio carinhosas de alguns, que, por eu ser a única jovem entre os expositores, diziam que eu vinha trazer ar fresco e renovação.
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Vendi meu peixe tão rápido que, julgo, deve ter sido por isso que só vendi 4 exemplares - sendo 2 comprados pela própria Associação que me convidou. Mas, tudo bem, estar ali já foi uma surpresa, já foi lucro, e no final, depois de viver uma doce noite de "docente de araque", ainda fui agraciada com a notícia de que um exemplar irá compor a biblioteca exclusiva da ADUFPB, e o outro, a enorme biblioteca da Universidade.
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A festa foi regada a um coquetel ótimo, música ao vivo, de um bom repertório bem tocado; e de uma exposição de fotos bastante interessante, intitulada Real Desejo Imaginário, do fotógrafo-professor de Educação Física, Marcello Bullhões. Marcelo fotografou manequins, ou melhor, as curvas sensuais dos manequins, e em meio às tantas fotos, uma fora feita com uma mulher de verdade, e ele nos desafiou a adivinhar qual seria... Era um festival de homens e mulheres errando feio, inclusive eu, e o artista só dizendo a cada um "Ih, mais um(a) que não entende nada de mulher!!!".
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Enfim, se você me perguntar se eu mereço tanto, digo que não... Mas digo que de vez em quando é ótimo quando alguém julga que sim!!!

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