~Suave na Nave-MÃE~
Dizem que em coração de Mãe, sempre cabe mais um! Mas cabe bem mais que um: cabem todos os papéis cruciais da Vida. Porque Mãe é Mãe mesmo quando não engravida...
Mãe é mãe de filho, de amigo, de amigo de filho, e de filho de amigo! É mãe do companheiro ou da companheira, de colega de trabalho, de morador de rua, de qualquer bichinho que passar na frente. É mãe de parente, de todo apaixonado carente (que vive no mundo da Lua), e de tudo quanto é criança sem dente, especialmente daquela que você berra dizendo que é tua! Porque Mãe é dar toda a atenção devida, mesmo onde não há dívida alguma.
Mãe é psicóloga de plantão, é médica cujo diploma se dispensa, é bruxa-taróloga que põe as cartas na mesa, e sempre tem alguma poção pra ficar tudo bem! Porque Mãe não tem “senão” nem “porém”. É algo muito além do que todo mundo pensa.
Mãe pode até ser tensa, às vezes hipertensa, mas ninguém é mais intensa, nem mais elástica. Seu limite serve apenas para ser ultrapassado. Porque Mãe é sempre imensa! É uma coisa fantástica!!!
Mas tem mãe que é meio possessiva, ora possessa, e às vezes, possuída. É uma loucura sem tabu que a tudo faz jus. Mas que quando fica brava, Jesus! Mete medo em Belzebu...
Mãe é uma doçura sem frescura, uma cultura sem censura, uma história de sempre achar que o filho não come, e lhe entupir de broa, senão ele some. Porque Mãe é a patroa e também a empregada, numa labuta sem fim. É aquela que tantas vezes se consome, mas se sente agraciada mesmo assim.
Mãe transforma tempestade em garoa, e escuridão em manhãzinha. É aquela que passa um sabão, mas que qualquer manhazinha, já perdoa. É aquela que mesmo no Sul é norte. É nosso meio de transporte. É um eterno porte de rainha, ainda mais quando coroa... Mãe é vida real até nos contos da carochinha, que a gente ouve tomando sua sopa de letrinha com batata baroa.
Mãe é o nosso bilhete da sorte, premiado antes mesmo do sorteio. É a nossa melhor escola, e com o melhor recreio. Nenhuma mãe diz que o filho é feio, e é um deleite saber que não é só leite que sai dos seus (an)seios.
Mãe é o nosso mundo, que adora dizer que a gente “não é todo mundo”. É a Mãe-Gaia, nossa firme Terra – ora plana, ora redonda – que não segura a onda e faz uma guerra quando a gente já vai pra gandaia (sobretudo com quem não é da nossa laia), e corta de vez a grana. É a leoa que não se doma, e que, se pudesse, nos manteria na redoma.
Mãe é um Universo que só sabe ser poema inteiro. É um Ecossistema todinho “Céu” (de brigadeiro). É uma carreira-Solo, cujo colo é um (a)Mar onde a gente flutua! É o tempo mais preciso, do qual eu mais preciso, por ser tão precioso. Porque não importa a Era, Mãe nunca erra! E quem nos dera ao lado dos seus, ser eterna; mas ao menos seu Amor, Deus perpetua transformando no remédio mais milagroso, que serve do joelho ralado ao coração partido... Porque só o Amor de Mãe atua em todas as direções, e em qualquer sentido.
Mãe é o nosso juízo (e nosso juiz), é o nosso indulto e salvo-conduto. O que ela diz é Lei, e até objeto de estudo. Só não sei dizer ainda se ela é a ciência exata mais humana ou a ciência humana mais exata. Mas tenho plena consciência de que ela é o cobertor mais felpudo e o almoço sempre pronto.
Mãe é Mãe, e ponto! Isso resume TUDO!!!
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