segunda-feira, 25 de abril de 2016

~Fazendo Amor em público~

Piscadas de olhos recíprocas. Mãos dadas sem trégua; e as livres, construindo Sentimentos artesanalmente, fio a fio, por entre os cabelos que já conhecem bem. Braços sobre os ombros, e pernas a se esbarrarem propositadamente embaixo das mesas. Um canudo sendo dividido, o mesmo picolé sendo mordido, e suas gotas coloridas sendo enxugadas rapidamente antes que caíssem nas roupas. Era a bolsa sobre o colo enquanto ela ia ao banheiro. Era a espera de horas enquanto ela provava o novo vestido... Era aquele Amor de Consumo, que diz que "com você, é o sumo; e sem você, eu sumo"... Era aquele Amor de Minuto, que o relógio deixava confuso, pois, com ou sem fuso, o Tempo só ficava diminuto... Era aquele Amor concorrido, que corria pelos corredores, e entrava e saía do ar-condicionado, suando de qualquer maneira; naquele caos suave, que mais parecia uma dança de criança, uma brincadeira... Era aquele Amor de Cinema, que se paga pra ver, espera o tempo que for, e tem clareza mesmo na escuridão... Era aquele Amor de Livraria, que se tocava e se lia, que se bebia e comia... Era a multidão de dois, perdidos na singularidade de mil... O Código Penal não previu. Nenhum segurança descobriu... Mas, sem sair da rotina, fizeram Amor em Público, e todo mundo sentiu!!!

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