Fim de semana, metrô de São Paulo: compreendi várias das tantas metáforas que compõem a vida, ou pelo menos a minha vida! Comecei minha curta porém prometida viagem em Liberdade... Subi a estação, caminhei por uns metros só pensando, só respirando a Liberdade de ser quem eu sou, essa Liberdade de ir e vir sem dar satisfações, essa Liberdade com que sempre sonhei - onde percebi que sonhava demais; mas isso porque sempre sonhei com a realidade, e minha realidade era apenas sonhar, sempre!!! ... Dali fui reto ao Paraíso, finquei pé, marquei presença na doçura dos teus momentos, tão maravilhosamente intensos. E desta doce espera fiz um baita Brigadeiro, mas o comi depressa demais. Só conhece bem o sabor da vida quem não tem pressa em saboreá-la!!! Fui plantar as sementes mais desejadas pelo meu coração, mas quando seria a colheita? Acho que nunca (hei de saber)... Vi-me, então, nos arredores da Consolação, com o sentimento de que tudo fora em vão, ou pelo menos que só bem tarde floresceriam, que no fim recompensaria (ou no mesmo tudo daria?). Mas não pensei em desistir, ou apenas me lamentar, mas sim quem sabe tratar o mal do ´correr´, o mal da ´pressa´, na estação seguinte: Clínicas! Era pra lá que devia ir, pois no metrô todos têm pressa, mas não há crises; só eu e minhas tantas tolices!!! Na estação seguinte, Sumaré, pensei se seguia a dica do SUMA! ou se, em suma, eu dava RÉ e voltava láááá pra trás, pro Paraíso! Não deu pra dar ré, mas também não tinha razão pra desaparecer, pois saí com um rumo certo, me perdi no meio, mas no metrô todos têm um destino, todos se acham, todos sabem onde vão subir e onde vão saltar! Eu saltei na estação final, Vila Madalena - que de arrependida, na metáfora da minha vida, não tinha nada!!!
Fui a São Paulo por algumas horas para investir, pela última vez, num sentimento falido, de mão-única, e no trajeto de ida e volta, pelo Metrô, vi que cada estação dizia respeito ao meu momento... As respostas que buscamos na vida são escritas pela nossa rotina e reveladas no momento de sua quebra. A graça da vida está em suas duas faces: o óbvio e o disfarce; está em seu esconderijo, em sua camuflagem. Debaixo da terra, o metrô; e tudo o que há de mais secreto em sua vida torna-se óbvio! É isso que eu chamo de ´Viagem´!!!